FCPA: O que gosta de fotografar, Leila?

Leila: Eu gosto fotografar aquilo que me dá sentido. A foto tem que te levar para algum lugar. Não que uma foto sem querer não possa te trazer isso, mas eu acho que, quando você fotografa com sentido, a foto se torna parte de você. Participei de um passeio em Santa Rita do Sapucaí (no dia 1º de março) e uma das coisas interessantes que achei na cidade foram as cores. Então tentei traduzir o que aquelas cores representariam no universo de Santa Rita.

FCPA: Como a fotografia apareceu em sua vida?

Leila: Sempre tive um gosto, mas nunca a oportunidade de estar próxima da fotografia. E essa oportunidade veio em duas ocasiões juntas. Uma, através do Bill (Fábio Brandão, presidente do FCPA). Tendo um contato com ele, eu vi o que é fazer fotografia. Depois, tive a possibilidade de comprar uma câmera. Com a câmera, você começa a colocar em prática os seus projetos. Uma experiência que, para mim, foi fundamental foi uma ida ao horto (atual Parque Municipal de Pouso Alegre) com o Foto Clube e na qual eu consegui fazer daquele passeio um momento que era meu. Não importava o que eu estava fotografando, se era flor ou passarinho, era só a relação da máquina com a natureza que eu queria registrar. Ali foi o estalo, é disso que eu gosto. Isso tem uns dois anos. Foi aí que eu entrei de sócia e comecei, dentro do meu tempo, que não é muito, a brincar com foto. Eu não tenho um objeto definido. Na verdade, eu gosto mesmo é de estar aqui (com o Foto Clube).

FCPA: Qual câmera você usa?

Leila: Eu estou com uma Nikon D5200.

FCPA: E tem uma lente preferida?

Leila: Eu gosto da “Cinquentinha” (50 mm). Foi a primeira que eu comprei, porque é a lente que mostra com mais realidade o que você quer fotografar. Minha próxima aquisição deve ser uma lente maior, de 300 mm, para fazer o que eu quero, que é trazer para perto aquilo que eu não consigo ver. Eu acho que a gente que gosta de fotografia tem que ter uma lente pra perto, uma para longe e outra para retrato.

FCPA: O que achou do convite para participar do Portfólio do Mês?

Leila: Acho que eu deveria ser a última, porque estou iniciando. Eu me considero um bebê engatinhando em fotografia. Acho que o portfólio me obriga a ver a fotografia com outros olhos, porque tem gente olhando para as fotos que faço. Então é bom estudar um pouco mais, exercitar um pouco mais. É uma brincadeira, que tem um lado sério.